domingo, 27 de outubro de 2024

COMUNICADO DE IMPRENSA * Yamil Mezher/Frente Popular para a Libertação da Palestina/FPLP

COMUNICADO DE IMPRENSA
Yamil Mezher
Frente Popular para a Libertação da Palestina/FPLP

- Curvamo-nos com reverência e orgulho perante a firmeza do nosso grande povo do norte da Faixa de Gaza, que com o seu sangue puro escreve páginas de glória face a uma brutal guerra de extermínio levada a cabo em colaboração com os Estados Unidos e sob a proteção do silêncio internacional e do fracasso árabe.

- Todas as ilusões do inimigo sionista de deslocar o nosso povo para o norte da Faixa de Gaza e esvaziar a terra fracassarão face à lendária firmeza do nosso povo, e apesar dos enormes e grandes sacrifícios que continuam a fazer, apesar os grandes massacres, o bombardeamento de áreas residenciais, a destruição de infra-estruturas de saúde, a guerra da fome e as prisões generalizadas, o nosso povo no norte recusou-se a enfrentar as ameaças da ocupação e agarrou-se às suas terras e à sua existência e continuou com a sua firmeza.

- Os esforços da administração dos EUA hoje centram-se em alcançar uma calma temporária enganosa e enganosa que sirva os seus interesses eleitorais, ao mesmo tempo que continua o seu apoio absoluto à agressão sionista contra a Palestina e o Líbano, e aprova planos de agressão à medida que avançam.

- As tentativas desesperadas da ocupação de arrastar a resistência no Líbano para um acordo humilhante que impõe as suas condições falharam e os seus ataques estão a ser destruídos pela bravura dos bravos combatentes da resistência no sul do Líbano, onde sofre perdas significativas de oficiais e soldados. e veículos, e à luz da sua incapacidade de impor uma zona tampão no sul.

- A Resistência no Líbano recuperou a iniciativa e conseguiu confundir todos os cálculos e planos da ocupação ao expandir os seus ataques profundamente na entidade, e o seu sucesso na evacuação de mais assentamentos dos seus residentes regista uma conquista importante no terreno.

- Embora a nossa principal prioridade seja parar a agressão e acabar com o sofrimento do nosso povo, rejeitamos categoricamente qualquer tentativa de arranjar uma trégua temporária de acordo com as condições sionistas e americanas, destinada a arrefecer a situação juntamente com as eleições americanas e depois retomá-la. a agressão novamente.

- Em compromisso com os interesses do nosso povo e num esforço para acabar com o sofrimento, abordamos de forma muito positiva qualquer ideia que resulte numa cessação completa da agressão e numa retirada abrangente da ocupação.

sábado, 26 de outubro de 2024

IEMEN POR GAZA * Comuna PCTB

IEMEN POR GAZA
COMUNA PCTB

Hamas: 

Acabar com a ocupação em Gaza exige uma escalada do confronto e o acendimento dos campos de batalha na Cisjordânia

Abdel Rahman Shadid, líder do Movimento de Resistência Islâmica do Hamas, confirmou que os crimes genocidas cometidos pelo exército de ocupação sionista na Faixa de Gaza exigem alarme público e provocam uma raiva esmagadora na Cisjordânia e em todos os territórios palestinianos.

Shadid disse: “O movimento popular e a saída às ruas neste momento crítico são um passo muito importante e constituem um forte apoio ao povo da Faixa de Gaza e à resistência palestiniana”, apelando à activação de todos os meios de luta. para dissuadir a ocupação e os colonos e desencorajá-los de continuarem os seus crimes sem responsabilização.

Ele destacou a importância de responder aos crescentes apelos ao alarme e à raiva em toda a Palestina, em apoio ao nosso povo no norte da Faixa de Gaza, que está a ser sujeito a genocídio e assassinatos 24 horas por dia.

Salientou que a ocupação da Cisjordânia e da Jerusalém ocupada, a intensificação do confronto com ela e a realização de operações específicas, confunde os seus cálculos e mina os seus planos de monopolizar o nosso povo firme e a nossa corajosa Resistência.

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

RETOMAR AS MOBILIZAÇÕES – REORGANIZAR OS SETORES POPULARES * Organização Comunista Arma da Crítica-OCAC

RETOMAR AS MOBILIZAÇÕES – REORGANIZAR OS SETORES POPULARES
Organização Comunista Arma da Crítica-OCAC

Dois fatos na semana que passou evidenciaram o quanto o governo Lula se tornou refém de uma certa institucionalidade, desenhada para manter o status quo e evitar que o capital financeiro tenha alguma perda. O ministro da Defesa José Múcio se colocou como porta-voz da caserna, fazendo críticas abertas à política internacional do Presidente e a Enel, estatal italiana que tem a concessão de distribuição de energia em São Paulo, deixou a maior cidade do país às escuras, sem que a Aneel, agência reguladora, movesse alguma palha em fiscalizar a concessionária.

A fala de José Múcio reitera o papel autoproclamado de poder moderador das Forças Armadas. E mostra que as Forças Armadas são incapazes de prover a defesa nacional, com uma indústria e um sistema de pesquisa e desenvolvimento de equipamentos bélicos. O motivo da fala foi a suspensão de licitação em que uma empresa israelense seria ganhadora do fornecimento de obuseiros autopropulsados. Segundo Múcio, a suspensão foi motivada por “questões ideológicas”. De quebra ainda criticou a recusa de venda de munição 105 mm para a Alemanha, que as repassaria para a Ucrânia.

Pelo raciocínio de Múcio, comprar e vender material bélico a países beligerantes não produziria maiores consequências. O que ele chama de “não ideológico” é a manutenção, na prática, das Forças Armadas brasileiras serem um braço do Comando Sul do Pentágono, inclinação e desejo dos Alto Comandos em sua maioria. O presidente respondeu com um muxoxo, pois, na prática, os deveres constitucionais da Presidência de dirigir a defesa nacional foram retirados de Lula.

Continuando a saga do não-governo, a Agência Nacional de Energia Elétrica tem toda a sua diretoria nomeada por Bolsonaro, com alguns diretores com mandato até 2028 (!). Impichar ministro do STF se tornou papo de botequim, enquanto retirar um diretor omisso e conivente com os regulados é mais difícil do que afastar o presidente da República.

As agências ditas reguladoras são todo-poderosas, com o poder executivo impedido de intervir nos setores regulados. Os paulistanos ficam às escuras, depois de uma chuva de apenas uma hora, e as autoridades municipais, estaduais e o ministério das Minas e Energia fazendo o popular jogo de empurra. Mas não se toca o dedo na ferida. A função da Enel em São Paulo é garantir a solvência da matriz na Itália. Saquear a empresa tem sido uma operação bem-sucedida, haja visto os recordes das cotações das ações da empresa nas bolsas de valores europeias.

O governo Lula não apenas aceitou a armação institucional herdade de Temer e Bolsonaro, e de FHC, no caso das agências reguladoras, como apertou as amarras com o Arcabouço Fiscal, obra e graça de seu ministro da Fazenda. Ao não se dar um mínimo de enfrentamento – a proposta de se criar a agências das agências é risível – caminha-se para a derrota inexorável.

No caso do ministro Múcio, escolher outro ministro da Defesa seria o mínimo para afirmar a autoridade presidencial. Existem instrumentos legais para se intervir na Enel, com o governo assumindo a operação. Basta coragem de assumir o programa pelo qual se foi eleito.

O debate político e ideológico deve ser travado pelo conjunto do movimento operário e popular. Os comunistas têm como tarefa contribuir para que as mobilizações sejam retomadas e que seja realizada a reorganização dos setores populares com vistas à luta política.